segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Baía


Assim pudesse acender-me
antes de cair na parca planície
do silêncio nas águas seladas
de quem amo por quem ardo
e morro assim eu soubesse
cantar o mar o riso a imensa gota
de orvalho e nela me lavo
da lama dos armazéns assim
eu pudesse
resumir a música toda nesta obscura
celebração do pó. 
.
Casimiro de Brito


4 comentários:

Canto da Boca disse...

Apesar de meio desfocada dá para ver a beleza do azul, fiquei observando a foto, não dá para identificar direito se são falésias, parede de recifes (?), e chamou-me a atenção aquele espaço ali, sugerindo uma passagem... Como na vida, sempre existe uma saída.

(e que sorte a minha ter um livro do Casimiro de Brito)

;)

Luna disse...

quando ficamos diante do mar tanto indagamos, nessa beleza nessa imensidão onde tudo é possível.
beijinhos

Fábio Martins disse...

O que aconteceu à imagem amigo?

lis disse...

'assim eu pudesse' Carlo,
muito bonito o poema,
gosto das poesias do poeta brasileiro Casimiro de Abreu,
são sempre da forma como gostaríamos de expressar,
* a foto ficou meio fora do foco Carlo,mas nem por isso deixei de ver a beleza da baía -e esse mar azul.
meu abraço grande